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terça-feira, 19 de abril de 2011

Celg não sobrevive sem o governo federal



O deputado estadual Humberto Aidar é um dos políticos mais articulados do PT.
Nas entrevistas com jornalistas, é direto e vai sempre ao ponto. Não tergiversa. Na semana passada, disse ao Jornal Opção que o ex-prefeito Iris Rezende deve assumir a presidência da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). “Só falta o anúncio.”

Perguntado se pretende disputar a Prefeitura de Goiânia, replicou com firmeza: “Estou me preparando para isto. Na eleição passada, obtive 14 mil votos na capital”.


Mas ressaltou: “Só que, na disputa de 2012, estou fechado com o projeto de reeleição do prefeito Paulo Garcia, do PT. Paulo é um político ético, bem intencionado e tem capacidade administrativa”. Convidado para ser secretário da Comunicação, Aidar preferiu ficar na Assembleia Legislativa, até porque tem compromissos com prefeitos de outras cidades. “Mas vou contribuir com o prefeito, que é meu amigo e aliado. Comunicação é uma questão de ajustes. Acertada a comunicação, Paulo já tem o que mostrar. A cidade está mais bonita e mais moderna.


O fato é que ainda não teve tempo para adotar os projetos estruturais, mas tenho a impressão que vai sair consagrado da prefeitura, ou melhor, vai continuar administrando a cidade entre 2013 e 2016.” Paulo precisa firmar sua identidade? “Na verdade, o prefeito tem identidade. Só falta firmá-la, publicamente, um pouco mais.” Mas ele não cercou-se de quem não tem voto e ainda atrapalha? “Paulo está governando com os aliados. É assim que funciona.”


O PMDB tende a lançar candidato a prefeito em Goiânia? “Não sei, pois o partido é aliado de Paulo. Mas convém que o prefeito abra o olho. Agora, se o PMDB tem vários cargos de proa na prefeitura, e tem sido bem tratado, deve assumir que vai apoiar Paulo.” O prefeito, então, precisa bater a mão na mesa? “Paulo é democrático e elegante.” E o que significa o caso de amor do PMDB com Vanderlan Cardoso? “Não sei avaliar com precisão, mas, se Vanderlan pretende disputar a prefeitura da capital, contribui para travar a aliança do PMDB com o PT.”


Sobre sua amizade com o governador Marconi Perillo, Aidar esclarece: “Somos amigos e ele foi padrinho de meu casamento. Considero-o como meu irmão. Mas não abro mão de meus princípios e, se precisar, faço oposição. Vale dizer que Marconi não exige nada de mim”.


Sobre a Celg: “A empresa pode fazer aliança com Cemig e CEB, mas não tem como sobreviver sem aporte do governo federal. A parceria é fundamental. O governo da presidente Dilma Rousseff está disposto a negociar. A Celg pode render muito para Goiás, pois é uma grande empresa e é lucrativa. O problema é a politização da gestão, a administração não profissional. Sou contra a privatização.”


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